Para ver a notícia:
http://maringa.odiario.com/maringa/noticia/403718/ciclista-morre-apos-acidente-na-vila-operaria/
Não consigo acreditar ainda no que aconteceu, faço este trajeto diariamente para vir para meu serviço, moro na Operária desde que nasci. A avenida Horácio Raccanello por ser plana e sem interrupções está sendo bastante utilizada pelo pessoal que vai de bicicleta pro tabalho e por aqueles que procuram um local seguro pra terinar dentro da cidade. Ainda lembro quando esta avenida não existia e o movimento de bicicletas ocorria na avenida Mauá, a região sempre foi movimentada por ser utilizada pelos trabalhadores que residem em Sarandi e trabalham em Maringá.
O local do acidente é o único cruzamento num trecho de aproximadamente 3 km, o site do jornal não traz muitas informações, mas embora acha poucas intersecções, ja presenciei diversos acidentes ali por conta do excesso de velocidade, é comum ver carros, motos trafegando em velocidade muito acma do permitido.
Nesta via existe uma ciclovia, que nunca foi sinalizada, nem nunca houve uma campanha de conscientização para que os ciclistas a utilizem. Pintar a calçada de vermelho não identifica uma calçada como ciclovia, até quando vamos aguentar tudo isto calados? Recentemente ocorreu uma bicicletada em Maringá onde o trânsito foi impedido em função de uma manifestação dos participantes. Um jovem motorista ameaçou avançar sobre a multitdão e ficava acelerando o carro, felizmente nada de grave aconteceu.
Se alguém souber algo sobre PESSOA que foi atropelada, por favor entre em contato
quarta-feira, 23 de março de 2011
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
A mobilidade por bicicleta e o anti-jornalismo
8/12/2010 – Por Uirá Lourenço (Servidor público e ciclista por opção)
Resolvi escrever sobre dois temas que me fascinam: mobilidade urbana e jornalismo. Alguns fatos recentes me fizeram pensar mais na relação entre os assuntos. Na verdade, o estopim se deu após a notícia veiculada no jornal O Diário, de Maringá (Paraná), no dia 3 de dezembro.
A matéria cita Brasília como exemplo de investimento em transporte por bicicleta. Os dados do Distrito Federal apresentados no texto – quase 130 km de ciclovias e 400 mil usuários de bicicleta como meio de transporte – não condizem com a realidade e escondem os riscos dos que optam pela bicicleta no agressivo trânsito da capital federal.
O verdadeiro jornalismo compromete-se com a verdade. A apuração dos dados “oficiais” enviados pelo governo mostra-se fundamental. Uma análise mais detalhada, entrevistas com usuários de bicicleta ou uma simples pedalada revelaria o verdadeiro contexto de Brasília.
A matéria afirma: “Até 2009, de acordo com o governo do Distrito Federal, eram quase 130 quilômetros lineares de ciclovias, construídas ao custo de R$ 7,5 milhões.” A própria página do Programa Cicloviário do Distrito Federal (Pedala-DF) informa que são 42 km de ciclovias. Vale lembrar o conceito de ciclovia – via totalmente segregada do tráfego motorizado. Ou seja, não se podem incluir acostamentos, ciclofaixas nem os percursos na terra abertos nos amplos canteiros por pedestres e ciclistas que não dispõem de espaço seguro (os chamados caminhos de rato).
Trilha no canteiro – ciclovia, calçada ou improviso?
O que dizer de tamanha discrepância nos números? Possivelmente, o texto foi escrito por alguém que imagina uma cidade ideal cortada por centenas de quilômetros de ciclovia. Alguém que desconhece a cidade, não usa a magrela no dia a dia e ainda crê na solução mágica da palavra ciclovia.
Da mesma forma, o número de usuários de bicicleta apresentado está errado, excessivo. Desconheço uma fonte que forneça números confiáveis de ciclistas no DF (geralmente, os dados estatísticos referem-se ao trânsito motorizado), mas afirmo com tranquilidade que a proporção de ciclistas é muito menor. Uma olhada de relance em qualquer via revela a desproporção entre carros e bicicletas. Com 400 mil ciclistas para uma população de cerca de 2,5 milhões teríamos uma Brasília muito mais agradável.
Ciclista espremido pelos carros na EPTG (“Linha Verde”)
Precisamos de muito mais para sentir os benefícios da cultura ciclística presente em Copenhague e Amsterdam, onde a bicicleta é utilizada em quase metade dos deslocamentos diários. É necessário ter segurança no trânsito, campanhas educativas, fiscalização das infrações (alguém já viu um motorista ser multado por não dar preferência ao ciclista ou por tirar fina, conforme prevê o código de trânsito?), moderação de tráfego (velocidade menor nas vias incentiva os deslocamentos a pé e por bicicleta).
É necessário que os gestores públicos e jornalistas comecem a pedalar. Já que, no discurso, muitos veneram a bicicleta como opção limpa e saudável de transporte, gostaria de ver secretários de transporte, diretores de órgãos de trânsito e prefeitos indo ao trabalho e às compras de bicicleta. Que belo exemplo seria aos demais cidadãos.
Sorocaba e as bicicletas
Sorocaba sediou, no início deste mês, a segunda edição do Bicicultura, evento que reúne pessoas engajadas na luta por uma mobilidade sustentável, com foco na bicicleta. A cidade é um exemplo de que só investimento direto em ciclovia não basta. Apesar de já contar com 65 quilômetros de vias vermelhas para ciclistas, o fluxo de usuários ainda é baixo. E o tráfego de ciclistas fora da ciclovia revela-se agressivo. As garantias de circulação de pedestres e ciclistas previstas no código de trânsito, como a preferência nos cruzamentos, são desrespeitadas.
Uma notícia do jornal impresso Cruzeiro do Sul, de Sorocaba, demonstra mais um caso de anti-jornalismo. Durante o Bicicultura, eu mais outros colegas ciclistas conversamos com o prefeito, Vitor Lippi, que havia proferido palestra. Parabenizei o trabalho realizado na cidade e comentei sobre alguns problemas detectados ao pedalar pela cidade, em especial a tinta usada na pintura da ciclovia e o risco do tráfego compartilhado fora das vias exclusivas para ciclistas.
No dia seguinte (3/12), descobri que fui citado numa matéria sobre ciclovias. Eu sequer dei entrevista para qualquer jornalista. Resumindo o caso, o suposto profissional da área de jornalismo ouviu a conversa com o prefeito, fez as anotações que quis, perguntou meu nome para alguma pessoa do evento e expôs críticas ao prefeito com base em minhas declarações. Curiosamente, a matéria não informa que, no início da conversa, eu havia elogiado o investimento no transporte por bicicleta.
Não bastassem o desconhecimento e o descaso governamentais com o a mobilidade sustentável, os cicloativistas ainda têm que lidar com o desserviço prestado por jornalistas sem conhecimento do assunto ou mal-intencionados.
Confira as duas matérias mencionadas no artigo.
- Notícia veiculada no jornal O Diário (Maringá-PR):
http://www.odiario.com/maringa/noticia/370069/prefeitura-tenta-recursos-para-aumentar-ciclovias.html
- Notícia publicada no jornal Cruzeiro do Sul (Sorocaba-SP):
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
sábado, 11 de setembro de 2010
BICICLETADA - Dia Mundial Sem Carro
Este sábado (11-09-2010), Maringá contou com mais uma edição da BICICLETADA, reunindo ciclistas preocupados com a segurança e falta de espaço para os ciclistas na cidade, mas também muito animados para incentivar o público presente nas ruas a pedalar, com o coro “MAIS bicicleta, MENOS carro” ou “ESTA TUDO PARADO? – VÁ DE BICICLETA”.
Os participantes também distribuíram panfletos orientando motoristas sobre o respeito aos ciclistas, previsto no Código Brasileiro de Trânsito e convidou os mesmos a deixarem o carro em casa, uma vez que esta edição da Bicicletada celebra a chegada do dia Mundial Sem Carro (22 de setembro), dia em que muitas cidades do mundo e do Brasil realizam diversas atividades que promovam o desincentivo ao uso do carro nos centros urbanos e procuram mostrar os benefícios de uma cidade mais voltada para as pessoas e não somente para os automotores.
O trânsito em Maringá está a cada dia mais complicado, mas será que vale a pena insistir em investimentos milionários, colocando mais carros nas ruas e deixando cada vez mais os pedestres e os ciclistas sem espaço? Existem experiências que comprovam a insustentabilidade desse modelo carrocrático, portanto Maringá, ser moderna, é romper com o tradicional, é oferecer mais espaço para as pessoas e não para os carros.
domingo, 29 de agosto de 2010
Maratona de revezamento e ciclovias de domingo
Hoje o centro de Maringá amanheceu diferente, devido a realização da Maratona de revezamento "Pare de fumar correndo". As ruas por onde passaram os atletas, foram interditadas no período entre 7 horas da manhã e 13 horas. Este ano o evento registrou número recorde de equipes inscritas. São 290, totalizando 2.344 atletas, que se revezarão no percurso de 42.195 metros.
Foram desenvolvidades diversas atividades recreativas e alguns exames gratuitos, alem do tabalho de conscientização quanto a prática de exercícios visando a melhoria da qualidade de vida.
Infelizmente iniciativas como esta são raras em Maringá, em algumas cidades do país (Bauru, Brasília, Rio de Janeiro entre outras) o domingo é reservado as pessoas com o fechamento de ruas aos veículos motorizados sendo permitido o tráfego de ciclistas, pedestres e outros modos de transporte e recreação não motorizados.
Foram desenvolvidades diversas atividades recreativas e alguns exames gratuitos, alem do tabalho de conscientização quanto a prática de exercícios visando a melhoria da qualidade de vida.
Infelizmente iniciativas como esta são raras em Maringá, em algumas cidades do país (Bauru, Brasília, Rio de Janeiro entre outras) o domingo é reservado as pessoas com o fechamento de ruas aos veículos motorizados sendo permitido o tráfego de ciclistas, pedestres e outros modos de transporte e recreação não motorizados.
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