terça-feira, 29 de junho de 2010
PEDÁGIO URBANO
Foto: Blog Reporter Agnaldo Vieira
Você já imaginou retirar o seu carro da garagem e instantaneamente ser rastreado via satélite para ser cobrado km a km do seu deslocamento no perímetro da cidade? – Pois essa é a medida que a Holanda vai fazer a fim de reduzir os congestionamentos. País exemplar na adoção e incentivo aos transportes alternativos como a bicicleta, pretende seguir o exemplo de Londres, onde o pedágio urbano já é cobrado desde 2003, com significativos resultados.
Pensar que seria muito cedo para adotar essa prática aqui no Brasil, é bom lembrar que Singapura implantou o pedágio em 1975 e obteve 40% de redução nos congestionamentos.
Muitas cidades brasileiras estão perdendo a oportunidade de ao menos estudar essa possibilidade, uma vez que os seus resultados tendem a ser muito positivos para a mobilidade urbana, pois o dinheiro arrecadado pode se reverter em melhorias para o transporte coletivo e alternativo em detrimento do transporte individual.
O conforto de se sair de casa a quatro rodas, ar-condicionado, cem cavalos, seis metros quadrados, cinco lugares e um ocupante terá de ter o seu preço, que deverá ser muito maior que a soma da prestação do financiamento, o combustível, o óleo, a manutenção, pneus, limpeza, seguro e IPVA.
Fonte: Editado a partir de VEJA
“Uma em cada três mortes é por atropelamento”
ODiario
Os números mostram claramente a prova de que em Maringá não se cumpre o princípio básico do Código de Trânsito Brasileiro que á a preferência de pedestres e ciclistas frente aos veículos motorizados. Além disso, esses números ilustram muito bem a atual política de trânsito em Maringá, que preza apenas pelas necessidades dos carros e não das pessoas, que muitas vezes são obrigadas a se submetem ao risco por não haver infra-estrutura suficiente destinada a sua segurança.
Os números mostram claramente a prova de que em Maringá não se cumpre o princípio básico do Código de Trânsito Brasileiro que á a preferência de pedestres e ciclistas frente aos veículos motorizados. Além disso, esses números ilustram muito bem a atual política de trânsito em Maringá, que preza apenas pelas necessidades dos carros e não das pessoas, que muitas vezes são obrigadas a se submetem ao risco por não haver infra-estrutura suficiente destinada a sua segurança.
domingo, 20 de junho de 2010
Triste realidade
Brasília, assim como Maringá, é conhecida por ser uma cidade planejada, ambas foram criadas a poucas décadas e já apresentam diversos problemas em relação ao trânsito. A única diferença é que lá já existem grupos de ciclistas organizados e muita cobrança e envolvimento nos assuntos relacionados a mobilidade urbana, enquanto em nossa cidade a movimentação é tímida.
Transportes: o exemplo de Brasília
Publicado no Correio Braziliense de 19/6/2010
# Gustavo Souto Maior
Presidente do Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do Distrito Federal (Ibram)
Como presidente do órgão ambiental do Distrito Federal e também como cidadão que mora em Brasília há 31 anos, vejo a cidade, que é a capital da República e a única da era moderna considerada Patrimônio Cultural da Humanidade, dar um péssimo exemplo no quesito transporte e mobilidade urbana.
Com apenas 50 anos de vida, Brasília está na contramão do que hoje é considerada uma política moderna de transportes nas grandes cidades e capitais do mundo, e que se resume numa frase: tirar o carro da rua. É necessário criar alternativas que estimulem o cidadão a usar o transporte coletivo e andar mais a pé e de bicicleta.
No Brasil, e também em Brasília, faz-se o contrário. Estimulam-se cada vez mais carros a entupirem nossas ruas e avenidas, facilitando a aquisição de veículos com créditos e redução de impostos e criando mais facilidades para o transporte por carro. São criadas novas pistas, duplicadas rodovias, ampliados cada vez mais os estacionamentos. Sabe-se que tudo isso são ações paliativas e temporárias, pois logo o caos no trânsito se instala novamente.
Integrei a delegação brasileira que participou da Conferência do Clima (COP-15), em Copenhague, Dinamarca, e pude ver de perto o belo exemplo que a capital dinamarquesa dá ao mundo em relação a formas mais sustentáveis de transporte e mobilidade urbana.
Dados do governo local indicam que 40% da população de Copenhague usa bicicleta para ir ao trabalho ou à escola, utilizando ciclovias que cruzam toda a cidade. Mesmo com a neve que caiu durante alguns dias da conferência, os habitantes não se importaram e continuaram a pedalar. Curioso é que, por lei, em Copenhague, a neve deve ser retirada primeiro das ciclovias, e só depois das pistas para carros. E nas ciclovias de Copenhague circulam mulheres e homens, ricos e pobres, velhos e jovens, operários e executivos.
Nos últimos anos, a prefeitura da cidade investiu mais de US$ 50 milhões na construção de ciclovias e na segurança dos ciclistas. Cerca de 30% da população se desloca com automóveis, 30% usa o transporte público (ônibus, trem e metrô de excelente qualidade) e 40% pedala — um índice que a prefeitura pretende elevar em breve para 50%. Entre os benefícios para a sociedade estão menos poluição, incluindo a sonora, mais saúde e uma maior sensação de segurança. E com a diminuição de carros circulando e estacionados, sobra mais espaço para áreas de lazer, parques urbanos, comércio e outras atividades.
A substituição do carro pela bicicleta é tendência no mundo todo. O movimento ciclista ganhou força nos últimos anos e ajudou a repensar os espaços ocupados pelo carro em metrópoles como Nova York, por exemplo. A secretária de transportes da cidade, Janette Sadik-Khan, vai de bicicleta para o trabalho e criou cerca de 300 km de ciclovias desde 2006.
Jan Gehl, urbanista dinamarquês e um dos responsáveis pela revolução nos transportes de Copenhague, defende que as cidades priorizem ciclistas e pedestres, e afirma que uma boa cidade é aquela em que os moradores têm vontade de sair de casa, estar nas ruas — e não no shopping. Em Brasília faz-se o contrário: é uma cidade que privilegia os carros, e não as pessoas, pedestres e ciclistas.
Para Enrique Peñalosa, ex-prefeito de Bogotá, que revolucionou o transporte público naquela cidade, numa cidade moderna o progresso não significa ter mais pessoas usando carros. Nas cidades mais avançadas do mundo, como Zurique e Tóquio, as pessoas quase não usam automóvel. Para ele, uma cidade verdadeiramente avançada é aquela em que os ricos usam transporte público, caminham e vão a parques.
O novo prédio-sede do Ibram está sendo adaptado para os servidores ciclistas, com bicicletário, chuveiros, armários e local para descanso. Também estamos criando alternativas de trilhas em parques e unidades de conservação, como a Trilha da Lua Cheia, realizada todos os meses, à noite, no Jardim Botânico. Recentemente mais de 80 ciclistas participaram de um passeio na Estação Ecológica de Águas Emendadas, em um processo muito rico do ponto de vista de educação ambiental. Sabemos que ainda é muito pouco. Porém, já é uma pequena contribuição para tentarmos inverter a lógica nefasta que ainda impera no transporte em Brasília, e que tantos transtornos e prejuízos têm causado à nossa sociedade.
Transportes: o exemplo de Brasília
Publicado no Correio Braziliense de 19/6/2010
# Gustavo Souto Maior
Presidente do Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do Distrito Federal (Ibram)
Como presidente do órgão ambiental do Distrito Federal e também como cidadão que mora em Brasília há 31 anos, vejo a cidade, que é a capital da República e a única da era moderna considerada Patrimônio Cultural da Humanidade, dar um péssimo exemplo no quesito transporte e mobilidade urbana.
Com apenas 50 anos de vida, Brasília está na contramão do que hoje é considerada uma política moderna de transportes nas grandes cidades e capitais do mundo, e que se resume numa frase: tirar o carro da rua. É necessário criar alternativas que estimulem o cidadão a usar o transporte coletivo e andar mais a pé e de bicicleta.
No Brasil, e também em Brasília, faz-se o contrário. Estimulam-se cada vez mais carros a entupirem nossas ruas e avenidas, facilitando a aquisição de veículos com créditos e redução de impostos e criando mais facilidades para o transporte por carro. São criadas novas pistas, duplicadas rodovias, ampliados cada vez mais os estacionamentos. Sabe-se que tudo isso são ações paliativas e temporárias, pois logo o caos no trânsito se instala novamente.
Integrei a delegação brasileira que participou da Conferência do Clima (COP-15), em Copenhague, Dinamarca, e pude ver de perto o belo exemplo que a capital dinamarquesa dá ao mundo em relação a formas mais sustentáveis de transporte e mobilidade urbana.
Dados do governo local indicam que 40% da população de Copenhague usa bicicleta para ir ao trabalho ou à escola, utilizando ciclovias que cruzam toda a cidade. Mesmo com a neve que caiu durante alguns dias da conferência, os habitantes não se importaram e continuaram a pedalar. Curioso é que, por lei, em Copenhague, a neve deve ser retirada primeiro das ciclovias, e só depois das pistas para carros. E nas ciclovias de Copenhague circulam mulheres e homens, ricos e pobres, velhos e jovens, operários e executivos.
Nos últimos anos, a prefeitura da cidade investiu mais de US$ 50 milhões na construção de ciclovias e na segurança dos ciclistas. Cerca de 30% da população se desloca com automóveis, 30% usa o transporte público (ônibus, trem e metrô de excelente qualidade) e 40% pedala — um índice que a prefeitura pretende elevar em breve para 50%. Entre os benefícios para a sociedade estão menos poluição, incluindo a sonora, mais saúde e uma maior sensação de segurança. E com a diminuição de carros circulando e estacionados, sobra mais espaço para áreas de lazer, parques urbanos, comércio e outras atividades.
A substituição do carro pela bicicleta é tendência no mundo todo. O movimento ciclista ganhou força nos últimos anos e ajudou a repensar os espaços ocupados pelo carro em metrópoles como Nova York, por exemplo. A secretária de transportes da cidade, Janette Sadik-Khan, vai de bicicleta para o trabalho e criou cerca de 300 km de ciclovias desde 2006.
Jan Gehl, urbanista dinamarquês e um dos responsáveis pela revolução nos transportes de Copenhague, defende que as cidades priorizem ciclistas e pedestres, e afirma que uma boa cidade é aquela em que os moradores têm vontade de sair de casa, estar nas ruas — e não no shopping. Em Brasília faz-se o contrário: é uma cidade que privilegia os carros, e não as pessoas, pedestres e ciclistas.
Para Enrique Peñalosa, ex-prefeito de Bogotá, que revolucionou o transporte público naquela cidade, numa cidade moderna o progresso não significa ter mais pessoas usando carros. Nas cidades mais avançadas do mundo, como Zurique e Tóquio, as pessoas quase não usam automóvel. Para ele, uma cidade verdadeiramente avançada é aquela em que os ricos usam transporte público, caminham e vão a parques.
O novo prédio-sede do Ibram está sendo adaptado para os servidores ciclistas, com bicicletário, chuveiros, armários e local para descanso. Também estamos criando alternativas de trilhas em parques e unidades de conservação, como a Trilha da Lua Cheia, realizada todos os meses, à noite, no Jardim Botânico. Recentemente mais de 80 ciclistas participaram de um passeio na Estação Ecológica de Águas Emendadas, em um processo muito rico do ponto de vista de educação ambiental. Sabemos que ainda é muito pouco. Porém, já é uma pequena contribuição para tentarmos inverter a lógica nefasta que ainda impera no transporte em Brasília, e que tantos transtornos e prejuízos têm causado à nossa sociedade.
terça-feira, 15 de junho de 2010
DICA PARA OS JOGOS DA COPA!
Foto: http://blog.ta.org.br/up/t/tr/blog.transporteativo.org.br/img/mai.JPG
Você está chegando atrasado em casa para ver os jogos do Brasil na Copa do Mundo devido ao trânsito maluco de carros nas horas que antecedem os jogos? – Segue uma dica bem simples: “VÁ DE BIKE” para o serviço ou para a escola que certamente você vai chegar rápido em casa e poderá degustar as vitórias e uma cervejinha com mais sabor!
Foto: http://vidasimples.abril.com.br/edicoes/070/imagens/bike_campanha.gif
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Por um trânsito mais humano
Em nossa cidade, a prefeitura tem se preocupado em garantir o espaço dos carros, inclusive com a construção de edíficios de estacionamento. Seria bom que nossos governantes conhecessem o exemplo de Bogotá-Colômbia e repensassem suas atitudes e metas.
Como bem disse o prefeito de Bogotá, estacionamento não é problema do poder público.
Como bem disse o prefeito de Bogotá, estacionamento não é problema do poder público.
sexta-feira, 4 de junho de 2010
Um local para as pessoas
Para saber mais: ARQ!BACANA
A demolição da antiga rodoviária tem causado bastante polêmica, mais uma vez a especulação imobiliária é mais importante que a história da cidade. Seria interessante propostas mais humanas e sustentaveis para a utilização do espaço. A imagem acima é a proposta que a arq norte-americana Annie Scheel apresetou e venceu o “Sustainable Design Competition 2010”, concurso de idéias promovido pelo “Conselho de Construção Verde de Delaware Valley”. O projeto visa oferecer serviços específicos para ciclistas como: restaurantes, vestiários com duchas, oficina de reparo, lojas para venda e aluguel de bicicletas e, obviamente, um estacionamento para as bikes.
Seria uma excelente oportunidade para associar o transporte coletivo ao uso de bicicletas, que já é realidade em algumas cidades brasileiras como Rio de Janeiro e Blumenau. É preciso pensar a cidade para as pessoas e não para os carros ou interesses imobiliários, seria bem interessante ver os espaços centrais repensados, a diminuição das vias, a redução da quantidade de carros no centro, a avenida Getúlio Vargas se transformar num enorme calçadão.
terça-feira, 1 de junho de 2010
ESTACIONAMENTOS VERTICAIS II
Esse tipo de investimento vai requerer um público específico circulando de carro no centro da cidade, por isso, estamos próximo de acreditar que em Maringá, circular de carro no centro deverá ter o seu preço. Para estacionar já até tem, pois um pouco já se paga, embora o incômodo maior parece ser a falta de vagas. Alguém já ouviu falar em pedágio? Pois é, o primeiro mundo já adotou e não porque são mais exploradores ou mais capitalistas e sim porque perceberam que o centro da cidade flui melhor com menos carros e, portanto oferece mais espaço para pedestres, ciclistas e coletivos. Desse modo, o dinheiro pago por aqueles que pagam pelas regalias e conforto do transporte individual custeia melhorias no transporte coletivo e alternativo.
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